segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Cinema em cena

O cinema nasceu como uma diversão popular. Desde os primeiros locais de exibição até as grandes salas que dominaram a arquitetura urbana por várias décadas no século passado, o espaço do cinema se consolidou como atividade de preços acessíveis e próxima do espectador. O slogan dos exibidores e distribuidores de filmes – em breve, num cinema perto de você –, durante muito tempo foi o emblema de uma atividade de acesso universal, participante da vida urbana e sensível à organização do espaço público.

O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3.300 salas em 1975, uma para cada 30.000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase cento e vinte milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1.000 salas.

Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2.200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior.

Hoje, para os profissionais e empresas do setor audiovisual, a ampliação do parque de salas de cinema é uma diretiva consensual, porque abre perspectivas para todos os agentes econômicos. Porém, a motivação para uma ação federal nessa área vai além das razões do cinema. Neste momento, o Brasil se mobiliza para qualificar os serviços das cidades, as condições de transporte, habitação, saneamento, para atender, integrar e melhorar a qualidade de vida de populações há muito desassistidas.

O Programa Cinema Perto de Você participa desse movimento, focado em levar cinema e serviços culturais para mais perto de todos os brasileiros. É uma iniciativa sem similar na história brasileira, como reconhecem os agentes do setor. Essas medidas representam um desafio aos empreendedores para o crescimento, e uma oportunidade para o fortalecimento e a modernização do cinema no Brasil.


Aguardamos pela iniciativa em Santa Adélia!

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Cinema da Cidade


BOA NOTICIA!!!

Recebi da ANCINE, na semana passada, a informação de que Santa Adélia poderá participar da chamada publica para o programa Cinema da Cidade, que será lançada em breve! Lembrando que este projeto de construção de cinemas em cidades que não possuam salas de exibição, são para os municípios com população entre 20mil e 100mil habitantes, porém o município de Sta. Adélia poderá se inscrever, em caráter excepcional. Peço a administração da cidade que faça atenção nesse sentido, e não percam essa oportunidade, de levar, novamente, cultura através do cinema a toda população santa-adeliense e da região, por favor!

VAMOS NOS MOBILIZAR A ESSE FAVOR.