Cinema em cena

O cinema nasceu como uma diversão popular. Desde os primeiros locais de exibição até as grandes salas que dominaram a arquitetura urbana por várias décadas no século passado, o espaço do cinema se consolidou como atividade de preços acessíveis e próxima do espectador. O slogan dos exibidores e distribuidores de filmes – em breve, num cinema perto de você –, durante muito tempo foi o emblema de uma atividade de acesso universal, participante da vida urbana e sensível à organização do espaço público.

O Brasil já teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3.300 salas em 1975, uma para cada 30.000 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde então, o país mudou. Quase cento e vinte milhões de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanização acelerada, a falta de investimentos em infraestrutura urbana, a baixa capitalização das empresas exibidoras, as mudanças tecnológicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1.000 salas.

Com a expansão dos shopping centers, a atividade de exibição se reorganizou. O número de cinemas duplicou, até chegar às atuais 2.200 salas. Esse crescimento, porém, além de insuficiente (o Brasil é apenas o 60º país na relação habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as áreas de renda mais alta das grandes cidades. Populações inteiras foram excluídas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e médias do interior.

Hoje, para os profissionais e empresas do setor audiovisual, a ampliação do parque de salas de cinema é uma diretiva consensual, porque abre perspectivas para todos os agentes econômicos. Porém, a motivação para uma ação federal nessa área vai além das razões do cinema. Neste momento, o Brasil se mobiliza para qualificar os serviços das cidades, as condições de transporte, habitação, saneamento, para atender, integrar e melhorar a qualidade de vida de populações há muito desassistidas.

O Programa Cinema Perto de Você participa desse movimento, focado em levar cinema e serviços culturais para mais perto de todos os brasileiros. É uma iniciativa sem similar na história brasileira, como reconhecem os agentes do setor. Essas medidas representam um desafio aos empreendedores para o crescimento, e uma oportunidade para o fortalecimento e a modernização do cinema no Brasil.

Aguardamos pela iniciativa em Santa Adélia!

Cinema da Cidade

BOA NOTICIA!!!

Recebi da ANCINE, na semana passada, a informação de que Santa Adélia poderá participar da chamada publica para o programa Cinema da Cidade, que será lançada em breve! Lembrando que este projeto de construção de cinemas em cidades que não possuam salas de exibição, são para os municípios com população entre 20mil e 100mil habitantes, porém o município de Sta. Adélia poderá se inscrever, em caráter excepcional. Peço a administração da cidade que faça atenção nesse sentido, e não percam essa oportunidade, de levar, novamente, cultura através do cinema a toda população santa-adeliense e da região, por favor!

VAMOS NOS MOBILIZAR A ESSE FAVOR.

Cinema e Cenoura

Há alguns anos que as concessões (leia-se Bombonière) são as principais fontes de renda das redes de cinema, mas, nem sempre foi assim! Algumas décadas atrás o consumo de comestíveis não era comum nas salas de cinema e, sim em circos e teatros! No maximo uma água ou refrigerantes, além das balas. Recentemente numa dessas conversas familiares, minha mãe contou uma passagem dos seus 18 anos, quando trabalhava para uma família distinta de Santa Adélia, em 1963. Disse-me ela que as filhas de sua patroa picavam Cenouras em casa pra levar ao cinema, cine São Paulo, fato comum à época! Levar cenouras pra comer no cinema! Olha que não era família pobre... Muito pelo contrario. Hoje conhecemos as sessões Fast food, com direito a tudo, principalmente sujeira e falta de educação. Da a impressão que vão a um abrigo nuclear! Barulho na sala do começo ao fim do filme, apesar de que hoje temos até propaganda nos cinemas... Mas isso já é uma outra historia. Abraços.

... Vai uma cenourinha ai?

Retomada

Hoje, quinta-feira, 30 de setembro, esta sendo inaugurado no Jardim Sulacap, Rio de Janeiro, o primeiro complexo cinematográfico do programa, Cinema Perto de Você, do governo federal. Ainda esse ano, em dezembro, numa iniciativa do prefeito, Eduardo Paes, será inaugurada a primeira sala do programa, Cinema Popular, que pretende abrir cinemas nas favelas do Rio de Janeiro.

Vejo nessas medidas e atitudes, a importância do cinema nas comunidades, como veículo de interação social e cultural, além de lazer e entretenimento, soma-se a ele os programas educacionais e formadores de platéia.

Chamo atenção novamente da população, administração e empresariado santa-adeliense para que se mobilizem em prol a esse projeto de retomada do Cine São Paulo.

Uma cidade sem cinema é igual casa sem janela.

Bijou Salão na edição numero 1 do Jornal A União

Edição nº1 do Jornal A União

Mais uma prova da importância do prédio do antigo Cine São Paulo, ou, Bijou Salão, como preferir! Essa foto copiada do blog da Biblioteca Municipal ''Dr. Paulo Furtado de Oliveira'', mostra mais um belo exemplo daquela sala de exibição, que em pleno mês de junho, do ano de 1918, estava exibindo o filme em partes: AMOR e ODIO! Confiram à propaganda no rodapé da foto. Essa memória não pode se perder, por isso que insisto na necessidade de se restaurar e reabrir tão importante espaço cultural.

Centro Cultural “Luiz Angélico”

Hoje tenho o prazer de postar aqui no blog uma matéria sobre a vizinha cidade de Fernando Prestes. Em uma iniciativa louvável e inédita, o ilustre prefeito, Bento Luchetti Junior, nos mostra que é possível, com força de vontade e determinação, buscar recursos e empreender obras de vinculo cultural! A inauguração do Centro Cultural “Luiz Angélico” é um exemplo a ser seguido por demais administradores da nossa região. A prefeitura daquele município adquiriu o prédio do antigo e, também, desativado Cine Santa Luzia, de propriedade do amigo, José Carlos Angélico - Zé Batata, e com recursos federais executou a obra de reforma, revitalização e modernização do imóvel, transformando-o em um excelente teatro!

Meus parabéns ao prefeito Bento Luchetti Junior, pela iniciativa e exemplo, e, ao coordenador de cultura, Mazinho Segura, por devida atenção e disposição a esse que vos escreve. Meu muito obrigado.

Deixo aqui publicado, frase utilizada no Centro Cultural “Luiz Angélico”.
“A função da arte não é a de passar por portas abertas, mas a de abrir portas fechadas.”

Números Alarmantes!

Ultimamente devido às inúmeras dificuldades encontradas no caminho, com relação ao projeto, estive refletindo um pouco sobre os números da desigualdade em Santa Adélia, e cheguei a uma conclusão assustadora, confiram:

Santa Adélia em números.
População estimada, 15 mil habitantes.

Centro Cultural = 0/15000
Teatro = 0/15000
Cinema = 0/15000
Biblioteca = 1/15000
Farmácia = 6/2500
Bares = 25/600

Impressionante!!! São aproximadamente 25 bares, no mínimo, que chegam a uma proporção de 1 para cada grupo de 600 habitantes! Farmácia também é outro mal necessário, uma para cada grupo de 2500 pessoas – acredito que se tivéssemos mais lazer e entretenimento teríamos menos farmácias. Agora, quanto a cinema, teatro e centro cultural é uma vergonha, não há um sequer! Biblioteca, uma que esta alojada em um espaço improvisado e irregular, lamentável.

Espero que com esses números possamos refletir melhor a situação cultural em nossas cidades e, assim cobrar das autoridades uma solução imediata, já que recursos existem!

Resumo de Junho

Conforme publicado aqui no Blog há um mês atrás, a novidade realmente espreitou o referido mês! No dia 1º de junho, logo nas primeiras horas da manha, recebo a ligação da assessoria do Senador Romeu Tuma (PTB-SP), que tinha tomado conhecimento do projeto de restauração, através de um contato meu com a Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, a ligação transmitia a noticia de que o Senador estava disposto a colaborar com o projeto, porém as questões políticas são mais complicadas do que eu imaginava... E com isso a população é quem perde! Infelizmente.

No dia 23 de junho, o Governo Federal, finalmente, lançou o programa de expansão do parque exibidor brasileiro, Cinema Perto de Você, uma parceria entre a Agencia Nacional do Cinema (Ancine), Ministério da Cultura e Ministério da Fazenda, que propõe abrir 600 salas nos próximos quatro (4) anos. Porém a iniciativa inédita é apenas para cidades acima de 100 mil habitantes! O projeto que compõem o programa, Cinema da Cidade, é para municípios com população entre 20 mil e 100 mil habitantes, que não possuem salas de cinema, ou seja, Santa Adélia fica de fora... Eles falam com a boca cheia que nos anos 70, o Brasil tinha 3.300 salas, 80% delas estavam em cidades do interior!
Agora eu pergunto: em quais cidades do interior? Somente nas grandes? Nas com mais de 20 mil habitantes ou 100mil? Não! Em todas elas, mesmo naquelas com menos de 8 mil também havia salas de cinema! Por que agora não há programa para tal? Ninguém responde...

... E no ultimo dia do mês, hoje, recebo a ligação do IPHAN-SP.

Novidades

Algumas novidades estão à espreita este mês de Junho, e acredito que desta forma haverá grandes chances de Santa Adélia ser beneficiada com o projeto de revitalização da sala do Cine São Paulo.

Comunicarei assim que tiver noticias.

Parabéns - 95 Anos!

Hoje é o grande dia, 95 anos, do prédio do nosso, saudoso, cinema de Santa Adélia.
Porém, sem nenhuma pompa ou algo do tipo, a data, como sempre, passa despercebida...
Eu, em nome de todos que apóiam a idéia (necessária) de revitalização e reabertura da sala, deixo aqui os Parabéns e votos de dias melhores para este prédio. Espero que daqui para frente, possamos ter nossa reivindicação atendida e o projeto possa ser, enfim, concluído!
Um prédio desta época é muito raro, no Interior de São Paulo, a maioria das salas de cinema, foi inaugurada nos anos de 1930, quando a indústria cinematográfica se consolidou, no entanto, tivemos no patrono da cidade, um homem de visão, eu diria até a frente de seu tempo, Cel. Relíquias de Souza Guimarães começou a construir o Bijou Salão em 1913.

Quero deixar aqui meus agradecimentos e considerações a todos que, direta ou indiretamente, tem me ajudado a seguir em frente com este projeto, são eles:
Luis Henrique Ciocle – Centauro Equipamentos Cinematográficos; Equipe da Agencia Nacional do Cinema (Ancine), em especial o Flavio; Ao CTAv (Centro Técnico do Audiovisual/MinC); Felipe Maia Guimarães, ex. Ancine; José Marcio Belotti (Em Especial); Celi Balzani; Cleber Magalhães; Fran – Jornal O Progresso; José Carlos Angélico – Zé Batata; Paulo Roberto Elias – RJ; Antonio Ricardo Soriano - Blog Salas de Cinema de SP; Prefeitura de Santa Adélia – Prefeito Marcelo, Vice Balancim, Secretária Néia, Pres. Câmara Sebastião Monteiro; A todos os membros da comunidade do Cine SP no orkut, meu muito obrigado a todos.

PARABÉNS!

"... enquanto houver uma luz, uma sombra e um pedaço de parede branca haverá esperança para o cinema."

Walter Carvalho

Aniversario

Faltando apenas 16 dias para completar, 95 anos, o prédio do antigo cinema de Santa Adélia, continua na mesma, sem nenhuma noticia sobre o andamento, se é que esta “mesmo” em andamento, do projeto de revitalização. Espero que haja sensibilidade, tanto por parte da população, como também, das autoridades competentes, afinal, esta se completando quase, 100 anos! A ignorância com o Patrimônio Histórico já foi longe demais...

Abaixo alguns dados, novos, a respeito da sala:

BIJOU SALÃO

Fundador: Coronel Relíquias de Souza Guimarães.
Construído entre, 1913 a 1914.
Inaugurado em, 1º de Maio de 1915, por João Miguel Atabi.
No ano de 1921 transformou-se em Pery Cinema, através de César Bedran.
Em 1931, foi alugado para Guido e Vitor Stocco.
Alguns anos depois foi reformado e teve seu nome mudado para, Cine São Paulo.
Durante a década de 70, foi alugado a, José Carlos Angélico, que encerrou as atividades em Janeiro de 1991.

Saudosismo

Cinema é magia, diversão, cultura, saudosismo e romantismo. Pena que há muitos anos a sala de projeção, o cinema foi desativado em Santa Adélia, deixando aberta uma lacuna e privando a comunidade de uma das mais atraentes alternativa de lazer e entretenimento.

Que saudades do telão, da pipoca, dos namoros e namoricos embalados pelas sessões especiais, enfim, que saudades do cinema, que infelizmente só sobreviveu em 8% dos municípios brasileiros.

Reativar as salas já é um sonho possível, graças aos projetos, em andamento, do MinC e ANCINE, que assim, atende reivindicação legítima da população e dos Prefeitos dos municípios paulistas que ainda não possuem cinema.

Durante a II Pré-Conferência Setorial do Audiovisual, realizada em Brasília, no final do mês de fevereiro, foram aprovadas 5, das mais de 160 propostas, divididas em cinco eixos temáticos. Que serão apresentadas durante a II CNC (Conferencia Nacional de Cultura), a ser realizada durante este mês, também em Brasília.
Das 5 propostas aprovadas, eu destaco aqui, a que mais me chamou a atenção: Proposta: PCAC46 Eixo: IV
Criar programa de recuperação e reestruturação de antigos cinemas de rua e apoio à implantação de novas salas de rua, que funcionem como cinemas a preços populares.

Espero que com estas propostas de incentivo a espaços culturais, como cinema, por exemplo, Santa Adélia consiga sair da estatística assustadora, 92% dos municípios não possuem salas de cinema!

Revitalização

Diariamente me pergunto, qual será o desfecho deste pretensioso projeto de revitalização do prédio do antigo cinema de Santa Adélia? Qual será o nível de importância e prioridade que as autoridades competentes darão a ele? Qual seria o final deste prédio, um dia, o retorno “triunfal” da sala de exibição? Ou quem sabe, um magazine da vida! No local que hoje é uma academia (foto), outrora foi uma grande sala de projeção, sempre cheia, com vida, possibilitando que pessoas comuns pudessem ter acesso ao lazer e cultura, socialmente falando. Vamos aguardar e conferir.

Sim À Exibição

Ver a projeção de um filme numa sala, além de lazer, entretenimento e cultura, representa qualidade de vida. Todas as novas formas de comunicação ao público de obras cinematográficas, a televisão aberta ou paga, o DVD e, agora, a internet e o telefone celular, não retirarão da sala a característica de ser sua forma mais nobre de consumo. Os filmes são feitos para serem exibidos na sala escura, em meio a outras pessoas, de maneira contínua, na tela grande.
Sair de casa para ir ao cinema é e sempre continuará a ser um bom programa. Sabem disso os jovens, que nunca deixaram de acudir às salas; sabem disso os mais velhos, que encontram nos filmes a companhia necessária. O carisma da sala é, além disso, indispensável para produzir esta matéria básica para a cultura de massas: a celebridade.

Gustavo Dahl

22 março de 2006

Cine São Paulo

Desde o inicio dos anos 30, o cinema já levava o nome de São Paulo, como podemos ver na foto, publicada no jornal, A União, de 1935. Porém, não temos uma única foto de sua antiga fachada, por descuido, desleixo, falta de atenção para com um bem histórico, enfim, não há sequer uma única foto do prédio, nos seus tempos áureos! Faço aqui um apelo aos antigos freqüentadores, funcionários ou mesmo, a você, que possa ter estes registros guardados, entrem em contato com o blog, ficaremos muito gratos

Salão Bijou

O pequeno Salão Bijou, que neste ano, 2010, completa seu nonagésimo quinto aniversario, desde que foi inaugurado em 1915, teve como sua principal atividade, a exibição cinematográfica. Infelizmente, nos últimos 20 anos, após ter tido suas portas fechadas, entre dez. 1990 e jan.1991, nunca mais houve uma única projeção no local. Seu interior foi totalmente modificado, platéia aterrada, cabine desmanchada, entre outros crimes! No local, como é de conhecimento de todos, já foi de tudo um pouco... Tenho esperanças de que um dia ele volte a exibir filmes, atividade a qual foi designado e construído! Para regozijo geral da população.

Anuncio publicado no jornal, O Trabalho, de 1916.

Prédio do Cine São Paulo, completara 95 anos!

Neste ano, 2010, o antigo prédio do cinema de Santa Adélia, completara 95 anos de existência. Quase um (1) século depois de ser inaugurado, em 1915, o antigo Salão Bijou, continua exercendo uma atividade que não a sua... Cinema.
Espero, sinceramente, que o projeto de revitalização da sala, seja levado a serio e executado, o mais breve possível.